sábado, 31 de maio de 2014

Sexo é Vida

Há uma propaganda  na televisão, ou alguma chamada para um programa, não sei bem,  em que Marilia Gabriela  está lendo um livro e faz algum comentário a respeito da vida sexual de um casal, em que a mulher  fala que não está tendo relações sexuais com o marido. No  principio  ela fala normalmente, mas, de imediato,  quando ela acrescenta, isto faz sete meses! A  cara dela muda.
Realmente, a cara da mulher tem de mudar, ela tem de demonstrar mesmo a sua indignação.  Então um marido  deixa de ter relações sexuais com a eposa, ou melhor deixa de cumprir uma das obrigações do casamento, que, é uma das causas de divórcio “litigioso”, de acordo com o codigo civil brasileiro, até mesmo de anulção de casamento, e  a esposa vai estar satisfeita? Claro que não: e ela  há que demonstrar a sua insatisfação e isto deveria ser feito publicamente, como a autora do livro que está sendo lido pela apresentadora o fez.
Lógico que, quando se publica uma intimidade desta,  o divulgador deve  estar  preparado para a reação que virá, não só do ex marido, que nesta altura já o é,  se não pelo fato  da divulgação, mas por ser  mesmo “corno”, porque não há quem de sã consciência,  a não ser em caso de doença,  que não procure outro parceiro para satisfaser as exigências do corpo.
Fico imaginando como seria, ou é, a vida  de alguém  que tenha um relacionamento com outro, digo relacionamento marital, e não tenha sexo. Como será o dia desta mulher ou deste homem?
No caso da mulher, penso que ela já  sai da cama mal humorada, querendo bater no sacana que esteve do seu lado por toda a noite, e que, pela manhã só tem como única reação,  ao acordar,  a de levantar e ir ao banheiro, mais nada;  nem bom dia o miserável deve dar, até porque, a resposta ao bom dia seria um desagradável  entre dentes “mau dia”. Sim, porque alguém que passa sete meses sem  sentir o minimo prazer sexual,  só pode desejar ao parceiro um mau dia, porque é assim que´começa o dela, péssimo.
Café da amnhã para um fdp deste, nem pensar, se quiser faça sua merda e tome.  Nada, não se faz nada, nenhum sinal de aquiescência com o que está contencendo.
Bom, vocês poderiam perguntar, por que não se conversa sobre isto? Eu responderia: porque quando se fala sobrte o assunto, ou o cidadão desconversa, ou diz que a pessoa está criando coisas onde não existe. Porra! Ouvir uma resposta desta é um pouco fodinha.  Então a pessoa tá criando coisas onde não existe? Francamente!  Se pudesse ela criar coisa onde não existe, assim com esta facilidade, lá ia  ela  se queixar do e  para  o miserável? Claro que não! Ela estaria bem, porque existiria uma coisa  preenchendo a existente dela, que estaria feliz e saciada e, portanto, corpo e espirito estavam bem.  
Uma mulher que não tem sexo é triste, tende a depressão,  está murcha, não tem luminosidade, sua aprência é horrível. Aliás, até  mesmo  quem não convive com ela  é capaz de detectar a sua tristeza, a sua frustação, a sua insatisfação, que aparece até em fotografia, pois outro dia ouvi alguém, ao olhar uma foto de uma senhora que conheço e  sei um pouco da vida, dizer que o seu semblante estava triste. Sim, dizia eu para mim mesma, tem de estar triste, ela não está satisfeita, ela não tem sexo há muito tempo, ao menos é o que diz. O seu parceiro  lhe  deixa completamente só,  prefere estar com os amigos. Já cheguei a pensar que ele tem algum caso com um deles, pois não é possivel que alguém deixe uma mulher daquela para estar com A,B,ou C e, quando com ela esteja, não a procure.
Bom, o fato é que há consequências para a abstinência sexual, quanto pior, quando não é provocada por sí próprio e sim por outrem.
Agora vejamos bem, se esta minha amiga resolvesse dar uma saidinha, assim sem qualquer pretensão, e encontrasse alguém que lhe fizesse chegar às estrelas, porque é bem assim,  quando se está muito tempo  sem sexo, quando ele acontece com alguém que a gente, ao menos, simpatiza,  se vê mesmo estrelas, se não estrelas grandes, pontos luminosos aprecem mesmo. É um momento  único e maravilhoso, melhor ainda, quando se consegue ver o tesão do outro, o desejo estampado nos olhos, demonstrado nos gestos, a força da pegada, da sugada, enfim, quando se faz sexo com todos os elementos necessários a tal.
Pois é, aí a pessoa chega junto daquele outro que tanto desprezo demonstra, aquele que nem sequer  se aproxima, aquele que dorme ao seu lado, sem  permnitir qualquer toque, nem mesmo  uma alisada, nada enfim, e  ele/ela nota o olho brilhante, os movimentos leves, um remoçar, um desejo de que o outro dia chegue mais rápido, e fica,  ou sem entender, ou então começa a perceber  que está sendo “chifrado”; não traído, isto não, porque ninguém trai aquele que não lhe quer, aquele/a que não te liga, aquele que não lhe toca.
Mesmo que pessoa não te diga nada,  mesmo que você saiba que tudo foi notado, mas que a pessoa não toma nenhuma atitude,  seja por medo, seja porque é ruim mesmo, seja porque está com algum problema que não consegue resolver,  não deixe de provocar um pouco e faça com que  ouça  Sandra de Sá.” Por que voce me deixa tão solta, e se eu me interessar por alguém,  to me sentindo muito sozinha. Quanto a gente ama, claro que a gente cuida, diz que me ama só que é da boca para fora, ou você me ama[...] onde está você agora.”
Não espere sete meses, como fez a autora do livro, resolva o problema logo na primeira semana, caso contrário,  isto também vira uma rotina, uma normalidade, e você vai ficar infeliz pelo resto da sua vida.Lembre-se sempre: SEXO É VIDA.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Para quem tem um "ex amor"

Como de costume, acordou cedo e, como ainda estava escuro, foi espreitar as novidades do final de semana no face e se deparou com uma mensagem de um colega, na qual havia um anexo, que era um vídeo com Martinho da Vila, cantando “ex amor”. Fez um comentário: “eu me possuo e é na sua intenção” é preciso muita coragem para isto, ou coisa parecida.
Realmente, ela acha que é preciso mesmo coragem para, sem subterfúgios, dizer que a pessoa que lhe foi tão cara um dia, ainda continua fazendo parte do seu sonho, do seu devaneio, das suas dores e angústias, como também das horas dos prazeres buscados, construídos com as recordações dos grandes e bons momentos vividos.
A letra da música é linda, sensacionalmente real, vida de dois que se desmoronou, desgastada pelo tempo, pela transformação do amor em dor, como ele bem sabe dizer poeticamente e, como tal, aliviando a dor de transformar tudo em dor mesmo. Entretanto, ainda que tenha sido assim, que infelizmente já não dê mais, fica toda uma história, que por mais que se tente esquecer, sobrevive, às vezes, como ele mesmo diz, até no próprio corpo, quando, buscando pelas memórias, ele reage como se vivendo estivesse os momentos quentes em que o coração acelera, a respiração fica ofegante, em que se têm espasmos de prazer.
Ah sim Martinho, como se concorda com você! E como se deve ter pena daqueles que não são capazes de, como você, dizer isto a alguém, daqueles que continuam com o orgulho de um dia ter sorrido quando acabou mesmo com o coração dilacerado.  Não é pessoa adepta de cultivar a dor, sem dúvida alguma: acha que nenhum ser humano merece fazer isto consigo próprio, mas também não pode concordar que, por um orgulho idiota, bobo, próprio dos covardes, se deixe de dizer a outrem o quanto ele representou, ou ainda representa na sua vida. Fraqueza! Diriam alguns: os imbecis que não têm sentimentos grandiosos, apenas mesquinhos, para consigo e para com outros.
É calada, bem sabe; é estranha, arredia, também o sabe. Pode passar séculos sem ver ou falar com uma pessoa, tenha sido ela muito ou pouco importante na sua vida, mas o seu coração continua acelerando, quando recorda dos momentos lindos, vividos com grande ternura, com grande emoção, enfim, com um grande amor pelos que passaram pela sua vida, e nela deixaram marcas indeléveis.
Certamente, e concorda mais ainda, com o letrista afortunado, que quando se transforma tudo em dor, o melhor mesmo é cada um ir para o seu lado, mas é necessário que o outro saiba, perfeitamente, que não foi fácil, que as angústias povoaram por muito tempo sua vida. Não interessa quanto o tempo tenha passado, não interessa se se está, ou não, com outro alguém, porque quando a saudade bate forte no peito, há que se entender que, embora distantes e irremediavelmente separados, as coisas não acabaram como deveriam, pois restaram lembranças tamanhas que somente elas são capazes de nos fazer vibrar. Não há, pois, nada de errado em dizer o que se sente ou o que um dia se escondeu a uma pessoa, não é necessário citar nomes, porque as partes interessadas vão saber do que se fala, sem que ninguém, fora do elo de dois, participe disto.
Martinho canta, ela escreve, alguém pinta, outro faz comida, enfim, em cada criação dos que querem falar do seu amor, ou do seu ex amor, não tão ex amor assim, está presente a cumplicidade que uniu e desuniu, há momentos íntimos tão grandes, momentos só partilhados entre os dois, que nenhum envolvido atual vai perceber, porque, pensa ela, cada dois tem um “nosso” impenetrável exclusivo, que, mesmo os amigos mais íntimos, não sabem ou percebem. É na cumplicidade do amor, que se faz uma música com uma letra tão linda como é esta: EX AMOR
Para tantos quantos  tenham um “ex amor”, que tenha sido assim tão forte como o descrito na letra,  diz: não tenham medo, vergonha de dizer o quanto ele foi importante e o quanto ele se faz presente na sua vida, e o quanto você “se possui” na sua intenção.   

“Ex-amor
Gostaria que tu soubesse
O quanto que eu sofri
Ao ter que me afastar de ti
Não chorei
Como um louco eu até sorri
Mas no fundo só eu sei
Das angústias que senti
Sempre sonhamos
Com o mais eterno amor
Infelizmente
Eu lamento mas não deu
Nos desgastamos
Transformando tudo em dor
Mas mesmo assim
Eu acredito que valeu
Quando a saudade bate forte
É envolvente
Eu me possuo
E é na tua intenção
Com a minha cuca
Naqueles momentos quentes
Em que se acelerava meu coração”